As lojas que trabalham com vendas a prazo convivem diariamente com a probabilidade de não receberem de seus clientes. Apesar de ser uma situação comum nesse segmento, é necessário adotar a gestão de risco de crédito para se proteger, prevenir a inadimplência e não prejudicar o fluxo de caixa e o capital de giro da empresa.
Preocupar-se com a saúde financeira do negócio é fundamental para mantê-lo sólido, ativo e próspero. Isso implica gerir os riscos na concessão de crédito, com o objetivo de prosseguir com essa estratégia para reter consumidores e alavancar as vendas. Afinal, o crediário com carnê ou boleto bancário continua sendo uma das formas preferidas de pagamento no Brasil, portanto, vale a pena usá-lo para se diferenciar dos concorrentes, não é?
Quer saber mais sobre o assunto? Nos tópicos a seguir, explicamos o que é risco de crédito, como funciona sua gestão e de que forma o comércio pode se beneficiar desse processo. Confira!
O que é risco de crédito?
Nada mais é do que a possibilidade de seu cliente não cumprir com o acordo que fez junto ao seu negócio e deixar de pagar por determinada compra. O não pagamento ou, até mesmo, o atraso podem afetar negativamente a rentabilidade da empresa, por isso é tão importante trabalhar com a gestão desse risco.
Ela consiste nas práticas para prevenir a inadimplência e também para recuperar os recursos, até então, perdidos. Não adianta dedicar seu foco em aumentar os lucros se os prejuízos forem frequentes e irreparáveis, concorda? Ainda mais em um momento em que o país registra mais de 60 milhões de inadimplentes, segundo a Serasa Experian.
Como funciona a gestão de risco de crédito?
O funcionamento dessa gestão envolve a elaboração e a implementação de políticas regulatórias, procedimentos internos e sistemas para identificar, avaliar, decidir, mitigar e mensurar os riscos.
Tal processo acompanha todo o ciclo de crédito, comumente presente nas transações das empresas que contam com crediário. Faz parte desse processo:
- a pré-concessão;
- a concessão;
- o monitoramento;
- a cobrança;
- a recuperação;
- a renovação do crédito.
Essas etapas são abordadas aqui de maneira ampla, mas, em geral, compõem a gestão de crédito de grande parte dos negócios que atuam com financiamento. Percebe-se que a estratégica não foca apenas na prevenção da inadimplência, mas também nas práticas de cobranças sem constrangimento, negociação e recuperação dos recursos.
O que evitar ao aplicar esse modelo de gestão?
Deve-se evitar, contudo, algumas ações que, infelizmente, ainda são vistas no mercado em razão da ânsia de prospectar clientes, mas que prejudicam a saúde financeira do negócio, como:
- análise de crédito ineficaz, pouco rigorosa, desorganizada e frágil;
- falta de automatização e informatização nos processos;
- execução manual de serviços;
- desorganização e ausência de padronização e de critérios nos registros dos acordos;
- problemas de profissionalização, políticas internas e processos jurídicos, etc.
Logo, a gestão de risco de crédito não é apenas importante para a manutenção da empresa no mercado, mas também oferece diversos benefícios voltados à questão financeira.
As vantagens vão desde a prevenção da inadimplência e do monitoramento orçamentário até os processos inteligentes de cobranças e recuperação de recursos. Gerir o risco de crédito, portanto, é fundamental, e sua empresa precisa estar de acordo com isso.
Agora que você entendeu como funciona a gestão de risco, aproveite para ler nosso outro artigo sobre como diminuir a inadimplência de uma vez por todas!